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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

João 10:30


João 10:30

Eu e o Pai somos um

O contexto da afirmativa presente em João 10:30, é dada nos versículos anteriores.

"Rodearam-no, pois, os judeus e lhe perguntavam: Até quando nos deixarás perplexos? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai" (João 10:24-29)

Essa passagem mostra a proteção amorosa que os cristãos usufruem, através da morte vicária de Cristo. O interessante, é que no vers.29 é dito que ninguém pode arrebatar as ovelhas da mão do Pai. Ou seja, o texto ensina a união de poder entre o Pai e o Filho, em especial,que ninguém (nenhum ser mais poderoso) arrebata as ovelhas mão do Filho e do Pai. O silogismo  a seguir elucida a questão:

--Ninguém pode arrebatar as ovelhas da mão do Pai (João 10:29)

--O Pai e o Filho são um (João 10:30)

--Consequentemente, ninguem pode arrebatar as ovelhas da mão do Filho(João 10:28)

Assim, a união de poder/propósito na economia neo-testamentária pressupõe uma  união da natureza dEles. O Filho e o Pai são uno em essência.
Os judeus também entenderam a alegação da deidade de Jesus, e não há nada após a fala de Jesus que negue isso.

"Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. Disse-lhes Jesus: Muitas obras boas da parte de meu Pai vos tenho mostrado; por qual destas obras ides apedrejar-me?Responderam-lhe os judeus: Não é por nenhuma obra boa que vamos apedrejar-te, mas por blasfêmia; e porque, sendo tu homem, te fazes Deus" (João 10:31-33)

A alegação aqui dos judeus é que Jesus se fazia Deus. Mas a resposta de Cristo é  ainda mais iluminadora:

"Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Vós sois deuses? Se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada)," (João 10:34-35)

Jesus cita "Vós sois deuses", uma passagem extraída do Salmos 82.

"Deus está na assembléia divina; julga no meio dos deuses: Até quando julgareis injustamente, e tereis respeito às pessoas dos ímpios? Fazei justiça ao pobre e ao órfão; procedei retamente com o aflito e o desamparado. Livrai o pobre e o necessitado, livrai-os das mãos dos ímpios.Eles nada sabem, nem entendem; andam vagueando às escuras; abalam-se todos os fundamentos da terra.Eu disse: Vós sois deuses, e filhos do Altíssimo, todos vós.Todavia, como homens, haveis de morrer e, como qualquer dos príncipes, haveis de cair.Levanta-te, ó Deus, julga a terra; pois a ti pertencem todas as nações."

Muito provavelmente a passagem se refere aos juízes que julgavam no meio de Israel. Eles eram injustos em suas resoluções e Deus disse que iria julgá-los (Salmos 82:7).
No vers 35 diz:

"Se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),"

Veja que os deuses,são aqueles a palavra de Deus foi dirigida. Os juízes julgavam em Israel (Êxodo 21:6; 22:9) e a Palavra do senhor muito provavelmente eram os mandamentos e as leis civis (Êxodo 20:1; 24:3-4).
O julgamento por blasfêmia é derivada de Levítico 24:16, onde diz:

"E aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto; toda a congregação certamente o apedrejará. Tanto o estrangeiro como o natural, que blasfemar o nome do Senhor, será morto."

Uma vez que a lei era exercida pelos juízes,inclusive a condenação de blasfêmia, entendemos o porquê de Jesus se refirir aos judeus que o estavam atacando de "deuses". No contexto de Salmos 82, "deuses" é aplicado para chamar os juízes de injustos em suas condenação e resoluções, e nesse caso,eles estavam sendo injustos condenando Cristo.
Jesus apela para suas obras quando os judeus vão o atacar, pois elas testificavam da verdade de suas palavras:

" Disse-lhes Jesus: Muitas obras boas da parte de meu Pai vos tenho mostrado; por qual destas obras ides apedrejar-me? " (João 10:32)

"Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.  Mas se as faço, embora não me creiais a mim, crede nas obras; para que entendais e saibais que o Pai está em mim e eu no Pai" (João 10:37-38)

No verso 36 esta escrito:

"àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque eu disse: Sou Filho de Deus?"

"Santificar" aqui é a mesma palavra no grego (ēgiasen) que a LXX usa em Jeremias 1:5 para "consagrar". Note o paralelo com João 3:34:

"Pois aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus;"

Assim, entende-se que,por Cristo ter sido consagrado e enviado por Deus,ele fala verdade. As suas obras testificavam isso.  Suas obras testificavam das suas palavras e compreendia-se com especial lucidez  que Jesus Cristo era Deus.



Autor: Lucas Freitas/ Co-autor do blog.

Mensagem do Dia


Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele
João 3:16-17

Pode ser que alguns que assistam a esse vídeo venham a se se comover, assim como eu, mas eu não me comovi só pelo vídeo e sim pela mensagem que está presente, pois foi exatamente esse o sacrificio que Deus fez por nós.... E a dor do Pai e do Filho foram maiores que qualquer outra dor, o Pai teve de "virar" as costas para o Filho, crucificado, pois diante de Tua face não entra pecado e naquele momento o pecado de todos que viveram, todos que viviam e todos que irão viver na terra estavam sobre as costas de Jesus... ESSE É O VERDADEIRO SACRIFÍCIO...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

João 14:28 "Pai maior do que eu"



João 14:28 ensina a inferioridade essêncial do Filho em relação ao Pai?

Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu.

Este texto, talvez, é o mais popular que os  unitários modernos utilizam para afirmar a inferioridade ontológica do Filho. Estudaremos este versículo se esse entecdimento é aceitável.
Antes de começar a analisar João 14:28,temos que observar seu contexto. Jesus começa afirmando a centralidada da fé cristã em seu plano redentor:

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim."(Jo 14:1)

ou seja, Ele é :

"o caminho, a verdade e a vida;ninguém vem ao Pai senão por mim." 

Notemos que Jesus fala como o Intercessor dos homens perante Deus. Percebamos 1 Jo 2:1-2:

"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.     E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo."

A ênfase recai sobre a humanidade de Cristo.Na sua obra salvadora, Cristo é a propiciação pelos pecados dos homens do mundo todo. Vejamos Romanos 8:3:

"Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado. "

Fica patente que se tem em vista aqui sua natureza humana. Assim, temos absoluta certeza que sua missão messiânica está em relevo em João 14.
Os versículos que seguem aprofundam mais a ideia.

"Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras. "  (Jo 14:10)

Veja tambem estes:

"Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar."(Jo 12:49)

"Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer." (Jo 15:15)

Estes textos nos revelam que Jesus é tratado como o enviado do Pai. Em Gálatas 4:4 diz:

"mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei"

Veja que o realce cai sobre a humanidade de Cristo. Na economia neo-testamentária, Jesus é o enviado de Deus,o Messias,e nessa obra, Ele se encontra subordinado ao Pai.
Tendo explicado sua operação na salvação, Jesus agorá nos mostra sua obra intercessória de forma mais explícita:

"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre"  (Jo 14:16)

Veja aqui a manifestação mediátoria descrita de forma sublime. Sua obra como "Advogado"(Parakletos) no céu,intercedendo pelos homens e os preservando(Jo 14:18).
Percebamos que o contexto todo se desenrola atraves da economia redentora do Novo-Testamento.Então, podemos interpretar Jo 14:28:

"Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu" 

Note ainda Jo 14:31:

"mas, assim como o Pai me ordenou, assim mesmo faço, para que o mundo saiba que eu amo o Pai. "

O centro de todo contexto gira em torno da submissão do Filho em seu trabalho messiânico(em forma humana), e não em "Ousia"(Essência). Sobre o "ir para o Pai" se refere a morte e ressurreição do Filho:

"Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai" (Jo 16:28)

Fica evidente que no contexto de João 14:28 tem em vista somente a obra redentora, pois é tanto dito sobre a encarnação do Verbo,como de sua morte e ressurreição.
Portanto, João 14:28 somente se refere a sua subordinação circunstancial na operação da expiação dos pecados, e não uma subordinação ontológica.



Autor: Lucas Freitas/ Co-autor do blog.

1 Coríntios 15:27-28 e a inferioridade do Filho


1 Coríntios 15:27-28 ensina a subordinação ontológica do Filho? 

"Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés.E,quando se diz que todas as coisas lhe estão sujeitas,certamente,exclui aquele que tudo lhe subordinou.                                                                             Quando,porém,todas as coisas lhe estiverem sujeitas,então,o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou,para que Deus seja tudo em todos"(1Co 15:27-28) 

Esse texto é bastante usado por unitários, pois, segundo interpretação destes, esse versiculo dá a ideia que o Filho é subordinado ao Pai em essência.Veremos se realmente esta interpretação procede.
O contexto de 1Co 15:27-28, indica que o Apóstolo Paulo fala da ressurreição dos homens. Paulo diz que a ressurreição de Jesus é o centro da fé cristã:

"Mas se não há ressurreição de mortos, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé."(1Co 15:13-14).

Notemos que a abordagem paulina diz respeito a ressurreição de Cristo pós-crucificação:

"Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras;que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras;"(1Co 15:3-4).

Veja aqui que Paulo fala de Cristo em sua humanidade na economia salvífica .Como homem, Jesus nasceu(Gl 4:4).Como Deus, Ele sempre existiu (Mq 5:2;Jo 1:1-3;Jo 8:57-58).Em sua humanidade, Jesus morreu(1Co 15:3-4).Em sua divindade, Ele é auto-existente (Jo 5:26).
Paulo ainda vai mais a fundo sobre a obra redentora de Cristo nos versiculos subsequentes. A ênfase agora cai na superioridade de sua obra sobre a de Adão.

"Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados" (1Co 15:22-23). 

Paulo ainda continua focado no plano redentor de Jesus Cristo. Agora ele o trata como o "segundo Adão". Paulo diz que ,pela obra de Cristo, os santos se achegam ao Pai. Ou seja, na economia neo-testamentaria, Cristo é o mediador entre Deus e os homens.

"Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens,Cristo Jesus,homem"(1Tm 2:5)   

Observemos aqui que o realce cai em sua humanidade, na qual ele opera sua obra redentora e mediatória. Sobre sua operação na cruz, notemos este texto:

"o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar,  mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens;     e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz."(Fp 2:6-8)

Vemos neste versículo que subsistir "em forma de Deus", é "ser igual a Deus",uma vez que a preposição "o" arregimenta as duas asserções. E Cristo ,em sua encarnação, tomou "a forma de SERVO" e tornou "semelhante aos homens".Cristo ,na sua obra salvífica, é subordinado ao Pai e a si mesmo como DEUS , porque é dito que Cristo "esvaziou-se a si mesmo" e "humilhou-se a si mesmo".  Mas em sua essência divina,ele é "igual a Deus",sem menor dignidade e honra(Lc 24:52;João 5:23;Hb 1:6).

Voltando em 1Coríntios 15, já definimos que Cristo é retratado em sua humanidade, e não em sua divindade. Ele é retratado em sua obra messiânica.Prossiguemos agora na interpretação de 1 Co 15.
Agora,entendamos 1 Co 15:24-25:

"Então virá o fim, quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés."

Não se pode entender que Deus Pai não reina sobre "o reino". A Bíblia é muito clara que ele governa as nações (Jó 12:23;Sl 22:28;66:7;103:18). A questão é como interpretar o texto. A resposta é que "entregar o reino a Deus o Pai" se refere a multidão de cristãos. Notemos estes dois textos:

 "Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.   Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;    porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.   Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória."(Cl 3:1-4)

"Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar."(Mt 11:27) 

Estes textos deixam claro que a Cristo,em sua obra vicária, foi confiado a Igreja e os santos, e por isso Ele mesmo diz "e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos"(Mt 28:20). Na manifestação no final dos tempos, os crentes serão levados a ver o Pai "face a face"(1Co 13:12), e vê-lo-emos como "Ele realmente é" (1Jo 3:2). Concluimos que "entregar o reino a Deus o Pai" é levar à contemplação a nação dos santos,pelo plano redentor de Jesus Cristo(1Jo 2:1-2).
Ainda sobre 1 Co 15:24, diz-se que "quando houver (Cristo) destruído todo principado, bem como toda potestade e poder". Ou seja,trata sobre o julgamento final. No julgamento, Cristo ainda é visto em sua forma de servo, só que em exaltação .
Notemos Filipenses 2:9:

"Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome"

Vemos então que sua natureza humana foi exaltado de grande forma. Mateus 25:31-33 corrobora com essa visão:

  "Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;   e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos;   e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda."  

  Veja que Cristo é retratado como "Filho do Homem",ou seja, tem em expressão aqui sua humanidade, na figura do julgamento. Veja Jo 5:27:

"e deu-lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem."

Ou seja,tanto em Fp 2:9,como em Jo 5:27 e Mt 25:31-33, se referem a HUMANIDADE de Cristo em sua forma glorificada, mas ainda assim ele, em sua natureza HUMANA, é servo em relação ao Pai. Veja este texto:

"Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (Jo 5:30) 

Fica patente então que ele ainda é visto em forma de servo, pois ele "procura a vontade de quem o enviou",em outras palavras, como em sua obra messiânica ele fala do que é da vontade do Pai(Jo 12:49;15:15), no julgamento final,ele novamente realizará a vontade de Deus Pai (Jo 5:30). Assim,percebemos que o texto não faz alusão a sua divindade,e sim, sua humanidade glorificada.
Com isso em mente,podemos compreender 1Co 15:27:

" Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés.E,quando se diz que todas as coisas lhe estão sujeitas,certamente,exclui aquele que tudo lhe subordinou."   

O texto, reforçado pelo contexto, pode ser entendido de forma satisfatória. Estudemos mais alguns textos na Palavra de Deus que auxiliam na compreensão desses versículos

"Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo,    que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas." (Fp 3:20-21)

Vemos nesse texto uma asseveração que Jesus Cristo "sujeita a si todas as coisas",mas em 1Co 15:27 fala que o Pai subordinou a Cristo todas as coisas. Acontece é que Fp 3:20-21 assevera a onipotência de Cristo em sua forma DIVINA. Onipotência é um atributo exclusivo da divindade expresso também na Biblia na forma do nome"Todo Poderoso". Vejamos Apocalipse 1:8:

"Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso."

Conectemos este texto com Apocalipse 22:12-13:

"Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o princípio e o fim. "

Quem "vem" é Jesus Cristo.Veja Ap 22:20("Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus).Assim, vemos que o Alfa e o Omega se referem a Cristo.E ao conectarmos este texto com Ap 1:8,temos que Jesus é o Deus Todo-Poderoso.
Podemos abordar ainda de outra forma. Veja que em Apocalipse 1:8 diz:

"aquele que é, e que era, e que há de vir "

 Esse nome indica a imutabilidade do Ser de Deus e suas promessas(veja Hb 6:17).Essa nomenclatura tem uma incrivel conexão com Êxodo 3:14-15:

"Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.     E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração."

Vejamos que Moisés substituiu "EU SOU" por "Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, ". Isso indica que o nome "EU SOU" é interpretado dessa  forma. Vemos que no versiculo 15 ,Deus fala da imutabilidade da promessa feita aos Pais de Israel ("aquele que era"), que enviou Moisés como profeta ("aquele que é") e que libertaria o povo de Israel("aquele que há de vir") e termina dizendo que"este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração".Podemos substituir "aquele que é, que era e que há de vir" por "EU SOU". Vejamos a quem EU SOU  é aplicado em Jo 8:58:

"Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, EU SOU. " 

Isso nos mostra com clareza que Cristo era "aquele que é,que era e que há de vir",ou seja uma clara demonstração que Cristo é o Deus imutável,o EU SOU e TODO-PODEROSO.

Tendo gasto bastante tempo abordando a onipotência de Cristo em sua forma DIVINA, vemos que em 1Co 15:27 se aplica somente a forma HUMANA. A ideia de que o Pai é mais poderoso que Deus Filho é um erro.É tanto dito em Fp 3:21 que Deus Filho subordinou todas as coisas a si,como ao Deus Pai é dito que lhe subordinou todas as coisas. Assim vemos a igualdade de Cristo em sua forma DIVINA com o Pai,e sua inferioridade como servo em sua forma HUMANA ao Pai.
Passando deste ponto podemos entender  em conjunto 1Co 15:27-28 com Ef 1:20-22:

 "que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus,   muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;     e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja,     que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas."

O texto em Efésios diz que Jesus foi exaltado em forma HUMANA, pois a conexão que Paulo dá em ressurreição com exaltação dá a certeza que se diz na obra  mediatória de Cristo como servo. Dessa maneira vemos a idéia que Deus subordinou ao Filho toda a criação, por que através da sua ressurreição,ele se reconciliou com céus e terra(Cl 1:20). A sua exaltação promove a base do Julgamento Final e da Ressurreição dos Santos(Jo 5:19-25).
Para entender 1Co 15:28 conectaremos tanto o vers 22 de Ef 1,com 1Co 11:3:

"Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo. "

Este texto não ensina a subordinação ontológica do Filho com o Pai, por que o texto não se refere a este tipo de subordinação, e sim a subordinação operacional.
Vemos que em Gênesis 2, a mulher é criada da própria matéria do homem. E depois da "cirurgia"divina Adão pronuncia:

 "Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada." (Gn 2:23) 

Notemos que Adão reconhece que Eva não é inferior ONTOLOGICAMENTE  ao homem. Ele fala que ele e ela são iguais. Contudo o homem exerceu autoridade sobre a mulher ao dar nome a ela (lembremos que na Biblia , quando um homem dá o nome a alguem, indica que ele tem autoridade sobre essa pessoa.Veja Gn 1:5;17:5;Nm 32:38;2Rs 23:34;24:17; Ap 2:17).
E,com este pano de fundo,podemos entender corretamente 1Co 11:3. O texto fala que assim como o homem é a cabeça da mulher,assim Deus é o cabeça de Cristo.Veja que a ideia subordinacionista é a mesma. Desse modo,entendemos que este texto ensina que na economia  eclesiástica, o homem tem a  função de autoridade, e na economia neo-testamentaria ,o Pai tem autoridade sobre o Filho. Mas essa subordinação em autoridade não indica nem resquícios de subordinação em essência.
Em 1 Co 15:28,o texto elucidado por 1Co 11:3, mostra que quando o Filho se sujeitar ao Pai, não indica nada em forma ESSÊNCIAL, e sim no plano messiânico-redentor. E sabemos que o plano salvífico tem como objetivo glorificação ao Pai(Jo 17:1-2;Ef 1:6),assim a subordinação do Filho em HUMANIDADE(como Servo glorificado) revela a transcedentalidade de Deus e a sua soberania absoluta,como esta escrito em Ef 1:23("que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.")e Romanos 11:36:

"Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém."
    
Assim,vemos que tanto o Pai (1Co 15:28),como o Filho sujeitou todas as coisas a ele ,inclusive ele mesmo(Fp 2:7;3:21).Logo quando o Filho do Homem se subordina,ele subordina não somente ao Deus Pai, mas também ao Deus Filho.
Concluindo,o texto nada diz sobre a subordinação essencial entre o Pai e o Filho,e sim nos ensina que o Filho do HOMEM se subordina ao Pai  na economia da salvação,mas não nos diz nada sobre a inferioridade do Deus Filho com o Deus Pai, antes, eles operam tudo em todos, como um só Deus.



Autor: Lucas Freitas/ Co-autor do blog.

Mensagem do Dia


Provérbios 4
23-Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
24-Desvia de ti a falsidade da boca, e afasta de ti a perversidade dos lábios.
25-Os teus olhos olhem para a frente, e as tuas pálpebras olhem direto diante de ti.
26-Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados!
27-Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal. 



           Temos de estar muito atentos a todo momento, o inimigo nos cerca a toda hora, mas lembre-se não é o inimigo que nos faz pecar, ele apenas nos dá a oportunidade, o culpado de nossos pecados somos nós, por isso vigie e ore... A paz de nosso Senhor Jesus Cristo esteja conosco hoje e durante essa nova semana....  





Autor: Guilherme Taets/ co-autor do blog.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Personalidade do Espírito Santo


**Personalidade  do Espírito Santo

 A personalidade do Espírito tem sido negada pelos socinianos e unitários modernos,assim precisamos entender essa parte para progredir no estudo do Espírito Santo.

* Romanos 8:26-27

Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.     E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos.    (Romanos 8:26-27)

A passagem começa falando "do mesmo modo", relembrado uma proposição anterior em que o Espírito faz semelhantemente. Em Romanos 8:23 fala dos cristãos que gemem no íntimo e o Espírito geme semelhantemente, o que por si só indicaria uma personalidade, e ainda mais é visto quando é dito que enquanto nós não conseguimos orar, o Espírito Santo consegue, assim ensinando que pelo Espírito Santo interceder por nós, Ele nos mostra a soberana vontade de Deus, e também nos mostra que só é pela existência da oração do Espírito que nos é ortogado a eleição divina .
Fica mais evidente isso ainda que analisamos que Deus conhece a intenção do Espírito, porque Ele sonda corações (Romanos 8:27), indicando que o Espírito Santo tem coração, uma forma antropomórfica de dizer que o Espírito é pessoal.  A palavra grega traduzida por intenção é φρόνημα, a mesma palavra usado em Romanos 8:6 e 7, indicando uma realidade básica e inerente que imprime uma ideia de personalidade a quem o possui.
Perceba que personificação não vai ser possível neste texto, pois além da passagem ser dogmática e não poética, o relacionamento expresso (que já indiquei um parágrafo antes) entre Deus e o Espírito e a obra deste na intercessão, é impossível esse texto não ser tautológico. Além do mais, não há nada no texto que force a gente pensar que o Espírito esta sendo personificado.

* João 14:16,17

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.   a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.
Talvez o texto de João 14:16,17 seja o texto mais claro com respeito a personalidade dsitinta do Espírito Santo;

1) O termo traduzido por Consolador é παράκλητον, um termo que posteriormente será aplicadoa Jesus Cristo em 1 João 2:1. Um título desses já demonstraria existência pessoal, mas ainda vale a pena notar que o termo traduzido por outro é ἄλλον, que significa outro do mesmo tipo, o que indicaria que ele seria um consolador da mesma forma que Cristo foi, mas com uma existência distinta. 

2) O contexto ainda torna impossível uma personificação do Espírito Santo. Em João 14:26 fala que o Espírito iria ensinar a verdade aos cristãos, coisa que é repetida em João 16:13. A função dele de levar o conhecimento de Cristo ao mundo não pode ser uma simples personificação, pois a existência de ofícios pessoais dele tem conteudo revelacional real.

3) Alguns tem falado que as palavras neutras e αὐτὸ são usados aqui para mostrar que o Espírito é uma energia. Contudo, isso é porque intervém a palavra πνεῦμα, palavra neutra. Existe outra coisa muito interessante é que em João 16:13 aparece o pronome masculino  ἐκεῖνος invés de e αὐτὸ.e não haveria motivos disso se o Espírito fosse somente uma energia impesoal, uma vez que embora Consolador seja uma palavra masculina,ela só aparece em João 16:7. A palavra no contexto de João 16:13 é Espírito, uma palavra neutra. Não haveria motivo de usar esse pronome masculino se ele não fosse uma pessoa.

4) Em João 15:26,27 diz:

Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim;     e também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.   

Aqui vemos uma coisa espetacular. Aqui fala que os cristãos intercederiam como o Espírito Santo intercede. Isso revelaria uma personalidade do Espírito Santo.  Junta-se essa função de testemunhar com os outros ofícios que o Espírito é revestido (João 16:7-13), temos sua personalidade maravilhosamente arranjada.

*Efésios 4:30

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção

Esse texto deixa muito claro a personalidade do Espírito Santo. Somente uma pessoa pode ser entristecido. Assim, com a clara prova da personalidade do Espírito, os unitários tendem a falar que essa passagem o Espírito é personificado. Entretanto,essa interpretação não leva em consideração o contexto na qual ela é encontrada:

Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.     Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira;     nem deis lugar ao Diabo.    Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tem necessidade.     Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem.     E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia.     Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

Veja que Paulo conclama os cristãos de Efésios a santidade com a motivação de não entristecer o Espírito Santo. Se o Espírito não for uma pessoa, qual é o motivo dos cristãos viverem em santidade e comunhão se não há aquela pessoa a quem entristecer? 



Autor: Lucas Freitas/ Co-autor do blog.

Sobre a Sabedoria

Livro base: Provérbios

Quando se quer buscar na Bíblia instrução sobre sabedoria, justiça e "retidão" moral o Livro mas recomendado é Provérbios.
O livro de Provérbios foi escrito pelo Rei Salomão, filho mais novo de Rei Davi com Bate-Seba, que foi o terceiro rei de Israel e governou por cerca de 40 anos... Por que podemos confiar tanto no que é escrito pelo rei Salomão nesse livro? bom, os motivos são diversos mas vamos citar apenas 3 deles:

  1.  o primeiro  mais importante e inquestionável é que a Bíblia é infalível, não existem controvérsias em suas escrituras,    
  2. Quando alguma personagem Bíblica escreve um Livro ele o escreve com a direção e unção do Espirito Santo
  3. Salomão foi e ainda é o homem mais sábio da terra, como é dito em 1 Reis 3:3-12 "E Salomão amava ao SENHOR, andando nos estatutos de Davi seu pai; somente que nos altos sacrificava, e queimava incenso. E foi o rei a Gibeom para lá sacrificar, porque aquele era o alto maior; mil holocaustos sacrificou Salomão naquele altar.
E em Gibeom apareceu o SENHOR a Salomão de noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que queres que eu te dê.
E disse Salomão: De grande beneficência usaste tu com teu servo Davi, meu pai, como também ele andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; e guardaste-lhe esta grande beneficência, e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia.
Agora, pois, ó SENHOR meu Deus, tu fizeste reinar a teu servo em lugar de Davi meu pai; e sou apenas um menino pequeno; não sei como sair, nem como entrar.
E teu servo está no meio do teu povo que elegeste; povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão.
A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?
E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, de que Salomão pedisse isso.
E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo;Eis que fiz segundo as tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará." 



          Tendo em vista todas essas circunstancias as quais o Livro de Provérbios fora escrito não temos duvidas nenhuma quanto a necessidade de se buscar em Provérbios todos os atributos já citados. Salomão exalta a todo momento o quanto é preciso querer ser sábio, ele nos prova que tudo em nossas vidas está atrelado a sabedoria, cada escolha, cada palavra a ser dita, cada passo deve ser dado com sabedoria.
          A falta de sabedoria é a "decomposição" ou a "putrefação" da carne e do espírito do individuo, o individuo sem sabedoria persistirá em todos os seus erros muitas vezes sem saber que está errando... Então você se pergunta, como posso ser sábio, e a resposta é lógica: Oração e Bíblia, e essa ordem de oração primeiro e Bíblia depois, importa? Sim, pois através da Oração tu pedirás a sabedoria e através da Bíblia tu obterás a resposta...

Provérbios 8
11-12"Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela. Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos(...) 
(...)14-17 Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento; minha é a fortaleza.
Por mim reinam os reis e os príncipes decretam justiça.
Por mim governam príncipes e nobres; sim, todos os juízes da terra.
Eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão(...)
(...)22-30 O SENHOR me possuiu no princípio de seus caminhos, desde então, e antes de suas obras.
Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da terra.
Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia fontes carregadas de águas.
Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu fui gerada.
Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo.
Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre a face do abismo;
Quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo,
Quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra.
Então eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;"

        Para o Cristão que busca viver com Retidão  fica mais que evidente a importância do livro de provérbios e muito mais, a busca pela sabedoria...



Autor: Guilherme Taets/ co-autor do Blog.   




     

Catecismo Racoviano II (refutações)


**Depois de mostrar a concepção racoviana do Espírito Santo, os socinianos agora tentam rebater as argumentações dos defensores da personalidade divina do Espírito Santo.

Como então aquelas passagens das Escrituras devem ser entendidas onde ações corretamente  pertencidas a pessoas, e se referem ao próprio Deus, são atribuidos ao Espírito Santo?
Nós entendemos elas deste modo. Que, nas Escrituras, é frequentemente atribuido  a coisas pertencentes a pessoas, sem mesmo assim pensarmos que aquelas coisas são pessoas.

Os socinianos e unitários sempre se esconderam debaixo dessa argumentação, mesmo sendo ridícula. Eles argumentam que as passagens que ensinam a personalidade do Espírito Santo devem ser entendidas como personificação.
Entretanto, é impossível ser entendido dessa forma pois:

1) Em João 15:26,27  ensina que os cristãos intercederiam como o Espírito Santo intercede, revelando a personalidade do Espírito Santo.

2) Ele é colocado em ligações com outros seres pessoais e agindo pessoalmente: 

Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.    E correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes, porventura, o que estás lendo? (Atos 8:29-30)

Estando Pedro ainda a meditar sobre a visão, o Espírito lhe disse: Eis que dois homens te procuram.     Levanta-te, pois, desce e vai com eles, nada duvidando; porque eu tos enviei.     E descendo Pedro ao encontro desses homens, disse: Sou eu a quem procurais; qual é a causa por que viestes?   (Atos 10:19-21)

Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.     Então, depois que jejuaram, oraram e lhes impuseram as mãos, os despediram.   (Atos 13:2-3)

Perceba que essas passagens mostram o Espírito falando e os cristãos o entendendo e o obedecendo, como inúmeras vezes na Biblia onde Yahweh fala com seu povo (Gn 12:1;Ex 3:4...). Não existe possibilidade de entender este texto de forma personificada e nem de qualquer outra forma a não ser pressupondo sua personalidade.

3) Em João 14:16,17  o termo traduzido por Consolador é παράκλητον, um termo que posteriormente será aplicado a Jesus Cristo, em 1 João 2:1. Um título desses já demonstraria existência pessoal, mas ainda vale a pena notar que o termo traduzido por outro em Jo 14:16 é ἄλλον, que significa outro do mesmo tipo, o que indicaria que ele seria um consolador da mesma forma que Cristo foi, mas com uma personalidade diferente. 
Além do mais, a personificação só ocorre em poucos passagens, e quando por exemplo algumas partículas inanimadas são personificadas, são em passagen isoladas, não comparáveis com as inúmeras vezes que é descrito características pessoais ao Espírito em passagens de linguagem de prosa.

Mas como você diz que o Espírito Santo é o poder de Deus, quandoo Espírito Santo e o poder do Altíssimo são separadamente nomeados pelas palavras do Anjo a Virgem Maria?
Frequentemente em composições escritas, a mesma coisa é expressada por duas palavras diferentes para melhor elucidação do material. 

Sem dúvida, a linguagem paralelística é muito comum na Bíblia. Contudo, o uso dela é muito variado. Veja novamente meu comentários sobre Lc 1:35.

"A passagem na qual os socinianos afirmam que o Espírito Santo é o poder de Deus, esta localizado em Lucas 1:35.
Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus
 Os unitários dizem que o versículo aqui faz uso de uma figura de linguagem chamada paralelismo. Contudo é de se estranhar o uso disso nessa passagem aqui. Se em Lc 1:35 é provado que o Espírito é poder de Deus, em Amós 1:8 provaria que Deus e seu poder são intercambíveis.
De Asdode eu exterminarei o morador, e de Asquelom aquele que tem o cetro; tornarei a minha mão contra Ecrom; e o resto dos filisteus perecerá, diz o Senhor Deus.  
Assim é visível que parece haver uma semelhança entre Amós 1:8 com Lc 1:35. O uso do paralelismo aqui parece indicar somente que o Espírito e o poder de Deus estão unidos para ter um mesmo efeito, assim como em Amós 1:8 indica que a mão de Deus e Deus são citados para dar efeito comum."

Além disso, o autor do catecismo cita Mt 3:11 e Lc 3:16 (para depois comparar com Mc 1:8). Entretanto, novamente conforme minha explanação sobre o uso de paralelismo, o fogo e o Espírito somente indica que os dois tem um  papel em comum. Para maior elucidação,  o fogo é uma descrição metafórica do poder operativo do Espírito Santo.
 A mesma aplicação é fornecida em Mt 1:20 e Lc 1:35. Mateus menciona somente o Espírito Santo porque está querendo ensinar que o Espírito desceu sobre Maria, e Lucas quer ensinar como o Espírito Altíssimo desceu sobre ela, a saber, pelo seu poder.
O catecismo nessa mesma pergunta, diz que Jesus foi ungido com o Espírito Santo, o que seria uma impossibilidade se ele fosse uma pessoa. O texto em questão é Atos 10:38.

"Deus o unigiu com o Espírito Santo e com poder"

Entretanto, a mesma Bíblia chama Jesus de "porta" (João 10:9) e nem por isso ele deixa de ser uma pessoa. O que está em evidência aqui é um caso de tipo e antítipo. Incenso no Antigo Testamento é dito ser nossas orações no Novo Testamento (Apocalipse 5:8), da mesma forma que o Todo-Poderoso e o Cordeiro são o Santuário (Ap 21:22) ,e nem por isso alguém irá negar a personalidade do Pai e do Filho. O ponto em questão é que o Pai e o Filho são o antitípo do templo físico. A mesma aplicação é dada ao Espírito. O Espírito Santo é o antitípo do óleo da unção do Antigo testamento.




Autor: Lucas Freitas/ Co-autor do blog.


Catecismo Racoviano I (refutações)


**O Catecismo Racoviano oferece 8 argumentações para provar a impersonalidade e a não divindade do Espírito Santo. Vamos analisar se são verdadeiras:

1) Muitas coisas aonde nas Escrituras são atribuídas ao Espírito Santo,não são aplicáveis a uma pessoa divina; e não poucas delas e nem mesmo a qualquer pessoa: tais são, que isso é dado por Deus, e isso de acordo com medida e sem medida, que Deus o derrama,, que os homens o bebem; ou são batizados por ou nele; que ele é dado em porções dobradas, e distribuído em partes; que há primícias dele; que ele mesmo é retirado; que ele é apagado; ---e outras coisas similares nas Escrituras (At 5:32; 1Jo 4:13; Ef 4:7; At 2:17,32; 1Co 12:13; Hb 2:4; Rm 8:23; Sl 51:12; Nm 11:17,25; 2Rs 2:9; Jo 7:39; 1Ts 5:19)  

Essa argumentação não é verdadeira. Essas características são também aplicáveis a pessoas.
Encher:  At 2:4; Ef 5:18 (Espírito Santo)_____________ Ef 3:19; 4:10 (Cristo)
Derramar: At 2:17;33 (Espírito Santo) ______________ Sl 22:14; Is 53:12;(Cristo) Fp 2:17;                                                                                                                   2Tm 4:6 (Paulo)
Batizados por ou nele: Mt 3:11;1 Co 12:13;__________ Rm 6:3; Gl 3:27 (Cristo)
  



2) Por que é evidente que o Espírito Santo é dito ser dado de Deus para os homens, e que este é afirmado concernente a isso, mesmo em lugares onde isso é comumente crido imprimir uma pessoa divina. Mas uma pessoa divina não pode ser dado ou outorgado; para ele que é dado ou outorgado tem que estar sobre a autoridade de outro, o que em hipótese alguma ser dito de uma pessoa divina, que é o próprio supremo Deus.

Essa argumentação ignora os diferentes papeis que o Pai e o Espírito desempenham na economia redentora. Ser outorgado ou dado diz respeito a economia que o Espírito desempenha, e não a sua ontologia. At 10:38 nos mostra que o Pai ungiu Jesus com o Espírito Santo em um contexto onde é exprimido a economia da salvação (At 10:36-43).
Sobre o de ser "outorgado ou dado", o contexto de João 15:26 imprimido em At 2:14-36  nos mostra que diz respeito aos diferentes papeis do Pai, Filho e do Espírito na economia neotestamentária.



3) Porque Cristo declara concernente a ele (Jo 16:13),que ele(o Espírito) não falaria dele mesmo, mas dirá tudo o que ele tivesse ouvido,ele falaria,mas uma pessoa divina não pode falar nada exceto ela mesmo.

Novamente o autor ignora os diferentes papéis do Pai e do Espírito nas operas ad extra. O contexto deixa muito claro que diz respeito aos diferentes papéis empreendidos por eles.



4) Porque Cristo diz: "ninguém conhece o Pai, exceto o Filho,e ninguém conhece o Filho exceto o Pai e aquele a quem o Filho quiser revelar", mas se o Espírito Santo fosse uma pessoa divina, o Pai não seria o único que conheceria o Filho, e nem o Filho, o Pai, mas o Espírito Santo, sem revelação de ninguém, conheceria ambos."


Essa argumentação chega a cheirar à bizarrice. O texto é retirado de Mt 11:27. Entretanto irei gastar mais tempo analisando ela. Lucas 10:21-22, que está no mesmo contexto que Mt 11:25-27, lança luz sobre o assunto:

"Naquela mesma hora exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos; sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.     Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. "

Aqui ele esta interessado em dizer quem é o Filho, ou seja, seu ofício (messias, salvador e rei). Isso é tanto mais claro quando percebemos também Mt 11:25.

Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.

Uma declaração idêntica se encontra em 1 Coríntios 1:18-25.

Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria o entendimento dos entendidos. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?    Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem.    Pois, enquanto os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos,    mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.

Percebe-se que em Mt 11:25 Jesus fala da mensagem do Evangelho e a sua íntima união com o Pai. Essa união tem seu objetivo final em levar outras pessoas a conhecer quem é o Pai e quem é o Filho (Mt 11:27).Veja tambem a ligação com Cl 3:1-4.

Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.    Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;     porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.     Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória.  

  A ênfase aqui é o papel messiânico-intercessório de Jesus Cristo, e não uma sistematização dogmática de caratér ontológico do ser divino. O texto apenas mostra a singular relação intelectual do Pai com o Filho que culmina em levar outras pessoas a conhecerem o Pai e o Filho.



5) Porque em várias passagens (Jo 5:17; 8:16; 14:21; 17:3; 1Jo 1:3; 2:23; 2Jo 3-9; Lc 9:26; Mc 13:32; 1Tm 5:21; Ap 3:5,12; 5:13), onde as menção são compostas por Pai e pelo Filho, as vezes anjos, e ocasionalmente homens também, e outras coisas ----- e nenhuma indicação é feita do Espírito Santo, embora se ele fosse uma pessoa divina ele deveria menciondo juntamente com o Pai e Cristo, muito mais do que anjos, ou homens, ou outras coisas.


Talvez, esta argumentação seja a que mais mostra a ignorância do autor. Existem inúmeras passagens que aparecem juntamente o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Is 42:1; 48:16; 61:1; 63:8-10; Mt 3:16-17; 28:19; Lc 1:35; 3:21-22; 4:1-8; At 1:7,8; 2:32,33,38,39; 5:30-32; 7:55; 10:38,44-48; 11:15-17; 15:8-11; 20:27-28; 28:25-31; Jo 14:16; 14:26; 20:21,22; 1Jo 3:21-24; 4:1,2,13,14; Rm 1:1-4; 5:5,6; 8:2-4,9,14-17,26-30; 15:16,30; 1 Co 6:11; 1 Co 12:4-6...). 
Mas existe uma passagem muito interessante que é Apocalipse 22:1-3.

"E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro"  (Ap 22:1)

O rio da água da vida, uma figura simbólica que nos lembra Zacarias 14:8.

"Naquele dia também acontecerá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isso."  

 A mesma fígura simbólica é usada em João 7:38-39.

"Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.    Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado." 

É evidente que água da vida em Ap 22:1 se refere ao Espírito Santo, e soma se ainda que na passagem fala de Deus(Pai)e do Cordeiro(Filho), temos a Trindade maravilhosamente arranjada. O trono da divindade é um trono de um Deus Triúno.


 6) Por que o Espírito Santo é, em muitos lugares, chamado de Espírito de Deus: mas aquele que é DE Deus não pode ser Deus, e portanto não é uma pessoa divina. Para ser DE Deus, e ser Deus, são opostas uma a outra. Por essa razão deve ser acrescentado que o Espírito Santo é denominado poder ou dedo de Deus, o que não pode ser afirmado de uma pessoa na deidade,ou seja, do próprio Deus (Lc 1:35;24:49; Mt 12:28, compare com Lc 11:20).


Uma coisa antes que deve ser notada é que o Pai, inúmeras vezes é chamado Deus, invés de ser chamado de Pai. Deus e Pai são intercambieveis,conforme vemos em João 20:17. Assim, vemos também 2 Co 13:13 e incontáveis outros versículos.
Concernente ao Espírito de Deus, a preposição só fala que o Espírito vem do Pai e que ele é diferente do Pai, e não propriamente de sua essência como Deus. Espírito DE DEUS indica a sua processão, e não sua ontologia. Portanto a primeira parte da argumentação é nula e ignorante.
A passagem onde os socinianos afirmam que o Espírito Santo é o poder de Deus, esta localizado em Lucas 1:35.

Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus

Os unitários dizem que o versículo aqui faz uso de uma figura de linguagem chamada paralelismo. Contudo é de se estranhar o uso disso nessa passagem aqui. Se em Lucas 1:35  prova que o Espírito é poder de Deus, em Amos 1:8 provaria que Deus e seu poder são intercambíveis.

De Asdode eu exterminarei o morador, e de Asquelom aquele que tem o cetro; tornarei a minha mão contra Ecrom; e o resto dos filisteus perecerá, diz o Senhor Deus.  

Assim é visível que parece haver uma semelhança entre Am 1:8 com Lc 1:35. O uso do paralelismo aqui parece indicar somente que o Espírito e o poder de Deus estão unidos para ter um mesmo efeito, assim como em Amós 1:8 indica que a mão de Deus e Deus são citados para dar efeito comum.
Os socinianos também fazem uma ligação entre Mt 12:28 e Lc 11:20. Perceba:
Mas, se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, logo é chegado a vós o reino de Deus. (Mt 12:28)
Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, logo é chegado a vós o reino de Deus. (Lc 11:20)
Dedo de Deus se refere ao Poder de Deus, conforme podemos ver em Êxodo 8:19, onde o contexto daquele texto é mostrar a supremacia do poder divino sobre os demônios(Ex 8:18), e esse parece ser o mesmo contexto de Lc 11:20, onde é evidenciado a superioridade do poder de Deus obre as legiões de Belzebu. Bom lembrar que Jesus no contexto está curando um endemoninhado (Mt 12:22; Lc 11:14). Agora, analise esse texto:

concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele. (Atos 10:38)

Esse texto silencia toda a duvida. Percebemos que Jesus Cristo curava os oprimidos do Diabo (At 10:38--- Mt 12:22;Lc 11:14) pelo Espirito e pelo poder (dedo) de Deus. São duas coisas diferentes juntas em um próposito. Assim, não há qualquér confusão entre o poder e o Espírito de Deus.
Além do mais, o Espírito Santo é inúmeras vezes diferenciado do poder divino: Lc 4:14; Rm 15:13;1 Co 2:4...

7) Porque o Espírito Santo é de Deus (1 Co2:12)e procede do Pai (Jo 15:26); pois ele se ao menos fosse Deus, Paulo não poderia compará-lo com o espírito do homem que está no homem, como ele faz quando diz em 1 Coríntios 2:11 "Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus."mas desde que o Espírito Santo é de Deus, e não pode ser dito reciprocamente que Deus é do Espírito Santo.
 [*** o resto da argumentação número 7 e argumentação 8 não vão ser traduzidas porque é irrelevante para o processo de entendimento dela e ela mesma já foi respondida em minhas exegeses concernentes a pluralidade pessoal no ser de Deus.]
O autor realmente parece ser desonesto demais com o texto em 1 Co 2:11. Paulo não esta querendo dizer que os dois espíritos são semelhantes. Ele somente fala que a obtenção de conhecimento de um é igual ao do outro. O que é ensinado apartir deste versículo é a autoconsciência divina do Espírito Santo,  acabando por provar sua consubstancialidade com o Pai. Sobre o "DE Deus"eu já comentei na refutação da argumentação número 6.



Autor: Lucas Freitas/ Co-autor do blog.